Da prática
Certo dia, o oficial Po Chu-I, passando pela estrada, viu um monge Zen sentado no galho de uma árvore ensinando o Dharma. O seguinte diálogo se sucedeu:
Oficial: "Velho homem, o que estás fazendo nesta árvore em uma posição tão precária? Um deslize e cairás desta árvore para a morte!
Monge: "Atrevo-me a dizer, Vossa Senhoria, que vossa posição é até mais precária. Se eu cometer um deslize, sofrerei sozinho; se, como um oficial de alta posição, você cometer um erro em uma decisão, seu erro pode custar a vida de milhares."
Po Chu-I, sentado em sua liteira ornamentada, ficou perplexo. Ele refletiu por um momento e retrucou:
Oficial: "Boa resposta. Dir-te-ei algo. Se puderes me explicar a essência do Budismo em uma frase, tornar-me-ei teu discípulo. Caso contrário, separaremos nossos caminhos e jamais nos encontraremos novamente."
Monge: "Que fácil questão! Ouça! A essência do Budismo é não fazer o mal, fazer o que é bom e manter sua mente pura.
Oficial: "Isso é tudo? Até uma criança de três anos sabe isso!"
Monge: "Verdade, uma criança de três anos entende isso, mas mesmo um homem de oitenta anos não consegue praticar estas obrigações!"
Bó Jūyì (ou Po Chü-i, 772–846), poeta chinês da Dinastia Tang |
TOMA.
ResponderExcluir