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O budismo pelos olhos ocidentais

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"Ocidental convertido, eu encarava o budismo como um conjunto de doutrinas filosóficas, preceitos éticos e práticas de meditação. Para mim, ser budista era simplesmente levar a vida de acordo com os valores centrais da tradição: sabedoria, piedade, não violência, tolerância, serenidade e por aí afora. Morar na Coreia me fez descobrir até que ponto era ingênuo. Pelos meus critérios intransigentes, um ditador de farda, que suprimira com violência um levante popular, não podia ser budista. Mas, por que não? O budismo é só para os moralmente superiores e doutrinariamente corretos, que se sentam em piedosa meditação o dia inteiro? Agora começava a perceber que ele constituía uma identidade cultural e religiosa, um sistema graças ao qual seres humanos falíveis podiam tomar decisões difíceis neste mundo precário e imprevisível." Confissões de um ateu budista Stephen Batchelor