Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2013

A Parábola da Serpente

O Iluminado dirigiu-se aos bikshus dizendo: "Vocês, bikshus, entendem o Dharma do mesmo modo que este bikshu, Arittha, o domador de abutre, compreendeu anteriormente? Pois ele, falhando em compreender o significado correto, interpretou erroneamente meus ensinos e cavou uma cova para si mesmo, e por consequência gera demérito. Assim vocês procedem ao compreender?" "Certamente não, Lorde, pois de diversas maneiras o Iluminado nos conta sobre os obstáculos, e eles são obstáculos reais para aqueles que perseguem os prazeres. O Lorde disse que os desejos são insáciáveis, cheias de pesar e de sofrimento. Disse que os desejos são como esqueletos, como um pedaço de carne, como uma tocha flamejante, como um carvão ardente, como um sonho que se esvanece, como algo emprestado." "Exatamente, bikshus! Entenderam bem o Dharma. Porém, este bikshu, Arittha, não compreendeu, e cavando uma cova para si mesmo, provoca seu próprio prejuízo que o atormentará por longos

Questões aos noviços

O que é "um"? Todos os seres sencientes são mantidos pelo alimento. O que é "dois"? É Nome e Forma. O que é "três"? São as três sensações. O que é "quatro"? São as Quatro Nobre Verdades. O que é "cinco"? São os Cinco Agregados. O que é "seis"? São as seis esferas dos sentidos. O que é "sete"? São os Sete Fatores da Sabedoria. O que é "oito"? É a Nobre Senda Óctupla. O que é "nove"? São as Nove Esferas da Existência. O que é "dez"? São as dez qualidades com as quais é dotado um Arhant.  Samanera Pañha  

Tathagata

O corpo do Tathagata ainda permanece, mas cortado está o laço que amarra à existência. Enquanto seu corpo permanece, devas e homens o contemplam. Com a separação do corpo após o término de sua vida, nem devas nem homens podem vê-lo mais. Assim como quando a haste de um cacho de mangas é cortado cada manga vai junto, assim também o corpo do Tathagata permanece, mas cortado está o laço que amarra à existência. Portanto, enquanto o corpo do Tathagata permanece devas e homens o contemplam. Com a separação do corpo após o termino de sua vida, nem devas nem homens podem vê-lo mais. Digha Nikaya, i, 45.

A fala nobre

Aqueles que falam furiosos, cheios de ira e orgulho, Criticam as falhas dos outros ao encontrá-los, E deleitam-se em culpar e encontrar defeitos E com a queda de seus rivais. Mas Nobres nunca seguirão tais práticas. Se houver um sábio, de fala gentil, Ele saberá o tempo propício e a fala preocupada Com a retidão e a prática da fala correta. Assim discursa um sábio, não irado, auto-controlado Com mente humilde, fazendo o que se deve Não curioso, mas fala sabiamente o discurso justo, Recebe as palavras amáveis, rejeita a cruel, Não conhece o ressentimento, não censura faltas, Não torce nem subjuga seu rival, Nem no assunto em questão. Oh, é verdade Que as palavras do nobre igualmente instruem e agradam! Assim fala o nobre, assim é a conversa do nobre E sabendo disso o sábio deve falar humildemente. Anguttara Nikaya, i. 199

O Oceano

" 'O oceano, o oceano', bikshus, diz o homem inculto. Mas na disciplina Arya, não é um oceano, mas uma grande massa de água, uma grande piscina de água. O olho do homem, bikshus, é um oceano. Seu movimento é de formas. Aquele que supera estes movimentos feitos de formas é conhecido como "o que atravessou ". Aquele que atravessou, que foi além do oceano dos olhos, com suas ondas, seus redemoinhos, seus tubarões e monstros (que são os desejos), aquele brahmin está sobre a outra margem. Assim também a língua do homem é um oceano, e produzida por sabor é seu movimento. Assim também é a mente do homem, com seus movimentos produzidos pelas ideias. Aquele que atravessou este mar apinhado de monstros, Com demônios e temíveis ondas intransponíveis, 'Versado no conhecimento', 'um homem de vida santa', 'Ido ao fim do mundo', e 'ido além' ele é chamado. Samuddo Sutta SN 35.187 (S iv 157) Traduzido da versão inglesa de F. L. Woo